quinta-feira, 11 de junho de 2015

Washington, nos Estados Unidos, ganha seu primeiro dinossauro

O animal viveu no período Cretáceo há aproximadamente 80 milhões de anos e pode ter sido um dos últimos de sua espécie



Fêmur do dinossauro encontrado em Washington, nos Estados Unidos
(Peecook et al./Divulgação)
O Estado de Washington, nos Estados Unidos, ganhou seu primeiro dinossauro. Seu fóssil foi descoberto por acaso enquanto pesquisadores americanos procuravam vestígios de moluscos. O estado do osso que encontraram, de 42 centímetros de comprimento e 22 centímetros de largura, indica que o dinossauro viveu há aproximadamente 80 milhões de anos, no período Cretáceo, quando os dinossauros foram extintos. A descrição do novo dinossauro foi publicada nesta quarta-feira no periódico Plos One.
De acordo com os autores do estudo, Christian Sidor e Brandon Peecock, do Museu de História Natural e Cultura de Burke e da Universidade de Washington, o fóssil é uma parte do fêmur esquerdo de um terópode, grupo que reúne dinossauros bípedes e carnívoros, como o tiranossauro rex e o velociraptor. De acordo com as análises do osso, há grandes chances que o animal seja do grupo dos tiranossauros mas, como a amostra é pequena, serão necessárias análises mais detalhadas para identificar a que família ou a que espécie o dinossauro pertencia. Os cientistas estimam que o fêmur completo media mais de 1 metro de comprimento.
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Na praia - Outra descoberta feita pelos paleontólogos é a probabilidade de que esse dinossauro tenha morrido perto do mar, já que, dentro dos ossos, também foram encontrados moluscos pré-históricos que viviam em águas rasas.
Conhecido por marcar o apogeu dos dinossauros, o período Cretáceo era dominado por esses grandes e ferozes répteis. Entretanto, nesse mesmo período ocorreu a extinção desses animais e o surgimento dos mamíferos placentários. O dinossauro de Washington é o primeiro a ser descoberto no Estado, mas pode ter sido um dos últimos dinossauros de sua espécie.
(Da redação)

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Conheça 'Hellboy', o dinossauro com chifres descoberto no Canadá











Ilustração do Royal Tyrrell Museum of Palaeontology, mostra como seria o animal(Royal Tyrrell Museum of Palaeontology/Divulgação)
Um grupo de paleontólogos descobriu no Canadá o exemplar de uma espécie desconhecida de dinossauro, apelidado de "Hellboy", como o personagem dos quadrinhos, por causa dos chifres. Hellboy, científicamente batizado de Regaliceratops peterhewsi em referência ao folho enorme em forma de colarinho que leva atrás da cabeça e a seu descobridor, Peter Hew, seria um herbívoro de 65 milhões de anos. O achado, feito há dez anos mas confirmado somente agora, foi publicado na última edição da revista Current Biology.
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"Este espécime vem da região de Alberta, onde não havíamos encontrado fósseis de dinossauros com chifres antes, o que nos fez suspeitar de que essa fosse uma descoberta importante", explicou Caleb Brown, paleontólogo do museu Royal Tyrrell. "Mas apenas depois de separar o fóssil da rocha, no laboratório, os cientistas perceberam que estavam diante de uma espécie totalmente nova." A reconstituição de Hellboy revelou que ele era semelhante em muitos aspectos ao Tricerátopo, mas com um folho ao redor da cabeça muito peculiar, um chifre mais imponente no nariz e um pequeno sobre cada olho. Segundo os paleontólogos, o achado é importante especialmente por suas implicações 
sobre a evolução dos dinossauros com chifres.

















Ilustração mostra como seria o crânio do animal(Royal Tyrrell Museum of Palaeontology/Divulgação)
Os dinossauros com chifres se dividem em dois grupos. O primeiro é o dos Chasmossauros, dotados de um pequeno chifre no nariz e outros mais imponentes sobre os olhos, além de um amplo folho. O segundo é o dos Centrossauros, com um grande chifre no nariz e outros menores sobre os olhos, e um folho menor. De acordo com Caleb Brown, Hellboy pertence aos Chasmossauros, mas com ornamentos parecidos com os dos Centrossauros, daí ele ser visto como um possível elo evolutivo entre os dois grupos. Os pesquisadores esperam agora encontrar uma maior quantidade de espécimes de Regaliceratops, e planejam uma reconstrução digital do crânio de "Hellboy".
Os Centrossauros desapareceram da face da Terra vários milhões de anos antes dos Chasmossauros, que se extinguiram junto com os demais dinossauros no final do Cretáceo, há 65 milhões de anos. O desaparecimento dos dinossauros e de muitas outras espécies é atribuído à queda de um enorme meteoro, que alterou o clima da Terra.

(Da redação com agência France-Presse)

Cientistas descobrem no Chile o 'ornitorrinco' dos dinossauros

'Chilesaurus diegosuarezi' tem corpo que lembra vários grupos de dinossauros.
Segundo pesquisadores, é a espécie 'mais bizarra' já encontrada.

Da Reuters
Ilustração mostra exemplar da nova espécie de dinossauro batizada de 'Chilesaurus diegosuarezi' (Foto: Gabriel Lio/University of Birmingham/Reuters)Ilustração mostra exemplar da nova espécie de
dinossauro batizada de 'Chilesaurus diegosuarezi'
(Foto: Gabriel Lio/University of Birmingham/Reuters)
Cientistas encontraram fósseis de um dinossauro estranho no sul do Chile, com uma combinação tão incomum de traços, que forçou a equipe a comparar o "novo" réptil a um ornitorrinco, mamífero australiano com bico de pato que põe ovos.
Nomeado Chilesaurus diegosuarezi, o dinossauro é membro do mesmo grupo doTyranossaurus rex, terópodes, que inclui o maior carnívoro terrestre da história. No entanto, o lagarto pré-histórico só comia plantas, com um bico e dentes em formato de folha.
O crânio e o pescoço lembram os dinossauros primitivos que possuíam o pescoço comprido, e a vértebra remete aos carnívoros. O novo dinossauro possui braços robustos, mas com dois dedos em cada mão.
Era bípede, mas seus pés largos e com quatro dedos cada eram diferentes da maioria dos terópodes. Os fósseis também mostraram que o animal descoberto possuía uma pélvis semelhante a de pássaros.
"O Chilesaurus constitui um dos dinossauros mais bizarros já encontrados", disse o paleontólogo Fernando Novas, do Museu Bernardino Rivadavia de Ciências Naturais, em Buenos Aires, chamando a criatura de um "quebra-cabeça".
Filhotes de ornitorrinco em zoológico australiano. (Foto: AFP)Filhotes de ornitorrinco em zoológico australiano: é um
mamífero que tem bico de pato e põe ovos(Foto: AFP)
"A anatomia do esqueleto junta características de diferentes grupos de dinossauros, como se um piso fosse formado por um mosaico de diferentes formas e cores. Nenhum outro dinossauro exibe tal combinação ou mistura", acrescentou.
O animal viveu em uma região de rios no final do período Jurássico, aproximadamente 145 milhões de anos atrás. Era relativamente pequeno, atingindo no máximo 3,2 metros de altura, embora a maior parte dos espécimes encontrados fossem do tamanho de um peru.
Quatro esqueletos quase completos e dúzias de ossos de outros indivíduos foram encontrados, tornando o Chilesaurus um dos dinossauros mais conhecidos do período Jurássico do Hemisfério Sul. A pesquisa foi apresentada na revista "Nature".

terça-feira, 9 de junho de 2015

Cientistas descobrem penas de dinossauros preservadas em âmbar

Penas de 70 milhões de anos mostram que alguns animais eram coloridos

por Redação Galileu
Em vez de esverdeados com uma carapaça rígida, os dinossauros podem ter sido bem mais coloridos e fofos do que imaginávamos. Cientistas encontraram penas de dinos preservadas em âmbar, um material de plantas fossilizado que ajudou a conservar as novas descobertas.
Editora Globo
AP
As penas, do final do período Cretáceo, foram encontradas por pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá. Elas se revelaram muito semelhantes, se não idênticas às penas dos pássaros que vivem hoje entre nós, variando nas cores preta, marrom e mais avermelhadas.

Pesquisadores já haviam encontrado outras evidências de penas em dinossauros mais antigos. E outras estruturas mais antigas e semelhantes, chamadas de proto-penas. As “novas” penas descobertas indicam que a penugem dos dinossauros continuou evoluindo para algo muito parecido às penas atuais.

Estima-se que as penas coloridas tenham cerca de 70 milhões de anos. As penugens mais antigas já encontradas, datando de 90 milhões de anos atrás, não tinham tanta variação de cor. A descoberta foi publicada na revista Science.

Editora Globo