13/08/2015 07h52 -
Geoparque de dinossauros em MS pode ser o 2º reconhecido no Brasil
Certificação
depende da Rede Mundial de Geoparques da Unesco.
Área no Ceará é a única homologada no Brasil.
Área no Ceará é a única homologada no Brasil.
Pegadas de dinossauros no geossítio de Nioaque estão entre os destaques
do geoparque (Foto: Geopark Bodoquena Pantanal/Arquivo)
O Geopark Bodoquena Pantanal, que engloba 13
municípios de Mato Grosso do Sul, onde em um deles foram encontrados rastros de dinossauros,
pode ser o segundo do Brasil a receber o aval da Rede Mundial de Geoparques da
Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). O
único do país homologado é o Geopark Araripe, no Ceará, criado em 2006.
A área sul-mato-grossense vai se candidatar pela segunda vez para receber a homologação. Segundo o coordenador do geoparque, Afrânio Soriano, a candidatura será registrada em 2016 e o resultado só deve sair em 2017.
A área sul-mato-grossense vai se candidatar pela segunda vez para receber a homologação. Segundo o coordenador do geoparque, Afrânio Soriano, a candidatura será registrada em 2016 e o resultado só deve sair em 2017.
Rastros de dinossauros ficam à beira do Rio
Nioaque (Foto: Divulgação/SPU-MS)
Nioaque (Foto: Divulgação/SPU-MS)
Soriano informou ao G1 que os documentos para o dossiê já estão sendo
reunidos e serão apresentados à Rede que, em seguida, irá enviar técnicos para
analisar a área. O selo de certificação permite que o Geopark seja incluído no
mapa internacional da Rede e amplia a divulgação à nivel mundial.
A primeira tentativa de homologação foi em 2011.
Caso fosse certificado na época, o Geopark Bodoquena Pantanal seria o maior do
planeta em extensão territorial, segundo o diretor executivo do geoparque,
Marcelo Augusto Turine.
Soriano analisa a primeira candidatura como sendo
equivocada. "Foi um equívoco na época porque era só uma ideia. Agora
estamos trabalhando e temos muito mais para reunir no dossiê. Geoparque está
ligado ao conceito de patrimônio geológico e as pessoas precisam vivenciar esse
valor geológico. Geoparque só existe por causa das pessoas. A gente quer o selo
e vamos trabalhar por ele", destacou Soriano.
De acordo com Turine, embora sejam 13 cidades
dentro do perímetro do geoparque, apenas seis serão incluídas no dossiê que
requere o selo. Para as outras serão feitas novos dossiês posteriormente, uma
vez que essa foi a recomendação da Rede.
Apoio
O projeto é mantido atualmente por pesquisas desenvolvidas por Soriano, formado em biologia e geografia, e recebe apoio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado (Fundect) e da Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei). Ele disse que o geopaque ainda precisa ser institucionalizado e, embora receba apoio do governo do estado, ainda faltam parceiros que financiem e invistam no projeto.
O projeto é mantido atualmente por pesquisas desenvolvidas por Soriano, formado em biologia e geografia, e recebe apoio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado (Fundect) e da Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei). Ele disse que o geopaque ainda precisa ser institucionalizado e, embora receba apoio do governo do estado, ainda faltam parceiros que financiem e invistam no projeto.
Projeto
O Geopark Bodoquena Pantanal foi criado pelo governo estadual em 2009 por meio de um decreto e é o único do país reconhecido oficialmente pelo estado onde está localizado, segundo Soriano.
Até o momento são 47 geossítios incluídos em um perímetro de 39 mil quilômetros quadrados, mas o número pode aumentar. Os sítios são protegidos e, mesmo em áreas privadas, não podem ser alterados, segundo o Geopark.
O Geopark Bodoquena Pantanal foi criado pelo governo estadual em 2009 por meio de um decreto e é o único do país reconhecido oficialmente pelo estado onde está localizado, segundo Soriano.
Até o momento são 47 geossítios incluídos em um perímetro de 39 mil quilômetros quadrados, mas o número pode aumentar. Os sítios são protegidos e, mesmo em áreas privadas, não podem ser alterados, segundo o Geopark.
Entre os destinos abertos para visitação estão o Buraco das Araras,
em Jardim; Grutas do Lago Azul e de São
Miguel, em Bonito; e o fóssil da Corumbela, em Corumbá. Dos seis núcleos do
geoparque distribuídos nos municípios dentro da área, apenas o núcleo de
Nioaque funciona e a previsão é de que todos estejam em atividade até o final
de 2016.
Cada núcleo é reponsável por integrar a comunidade
onde estão localizados e ressaltar os valores geológicos, além de pesquisar as
regiões a procura de novos sítios e proteger os que já existem. Eles também
funcionam como centro de conhecimento da ciência nesses locais.
Gruta em
Bonito abriga fósseis de preguiça gigante e tigre dentes-de-sabre (Foto:
Anderson Viegas/G1 MS)
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